Segundo o Wikipédia IoT é: “a Internet das Coisas (do inglês, Internet of Things, IoT) é uma rede de objetos físicos, veículos, prédios e outros que possuem tecnologia embarcada, sensores e conexão com a rede e é capaz de coletar e transmitir dados.” e vai além: “A Internet das Coisas, em poucas palavras, nada mais é que uma extensão da Internet atual, que proporciona aos objetos do dia-a-dia (quaisquer que sejam), mas com capacidade computacional e de comunicação, se conectarem à Internet. A conexão com a rede mundial de computadores viabilizará, primeiro, controlar remotamente os objetos e, segundo, permitir que os próprios objetos sejam acessados como provedores de serviços. Estas novas habilidades, dos objetos comuns, geram um grande número de oportunidades tanto no âmbito acadêmico quanto no industrial. Todavia, estas possibilidades apresentam riscos e acarretam amplos desafios técnicos e sociais.”

Deixando os riscos técnicos e sociais para especialistas em riscos, o que não é o meu caso, vou apresentar nesse artigo uma visão prática de IoT considerando uma máquina na linha de produção.

Na primeira frase do Wikipédia diz que “é capaz de coletar e transmitir dados“, que ótimo não? Mas que dados? Quais são as informações que se pretende coletar e transmitir da “coisa”?

Essas frases mostram que ainda é muito superficial a compreensão sobre o que de fato é possível fazer com a tecnologia disponível que estamos chamando de IoT. No caso de uma máquina instalada em uma linha de produção nós podemos dizer que é uma ela é uma “coisa”, isso é fácil, mas o que queremos coletar e transmitir dessa máquina? Sendo mais específico vamos considerar uma máquina de envase, por exemplo, o que queremos saber? Seria a limpeza do bico dosador? O saber se a polia da esteira está gasta? Ou ainda se o parafuso que sustenta a esteira está preso corretamente? É fácil perceber que existem infinitas perguntas (ou dados) que se pode obter de uma única máquina, então qual são as respostas que queremos?

Uma máquina tem a finalidade de produzir produtos. Então a primeira resposta que queremos saber é: essa maquina está produzindo o que foi planejado para produzir? Se não está, porque? Não que outras informações não sejam importantes, mas para começar essa são as duas perguntas que precisam ser respondidas e de preferencia em tempo real, ou seja, agora.

Vai demorar ainda algum tempo para que se defina como as tecnologias de IoT podem de fato colaborar para que se possa “controlar remotamente os objetos” e muito mais tempo ainda para que os “próprios objetos sejam acessados como provedores de serviços”.

 

 

A base de coleta e transmissão (sem fio utilizando ZigBee até a rede corporativa e daí para as nuvens) de dados do coletor Kite MES é exatamente responder as duas perguntas:”essa maquina está produzindo o que foi planejado para produzir? Se não está, porque?” e isso recebendo dois sinais da máquina, através de sensores ou do CLP (Controlador Lógico Programável) instalados na máquina. Um sinal (pulso) de produção que informa se está produzindo ou não e se está qual a velocidade de produção (desempenho) e um sinal de refugo que informa as perdas na produção (que pode ser também informado de forma manual).