Existe uma frase que eu gosto muito: “na prática a teoria é outra”. Somos bombardeados todos os dias com teorias, tem teoria pra tudo. Muitas vezes você vai ler um artigo que começa assim: “estudos comprovam que…”. Muitas vezes (na maioria) não existe estudo nenhum, alguém escreveu sobre o assunto em algum lugar e isso se propagou. Quando existem estudos, muitos são baseados em modelos matemáticos. E modelos matemáticos representam (como não poderia deixar de ser) uma pequena parte, uma pequena amostra, do mundo real.
Essa semana eu li um artigo do site Baguete com o título “Bosch adapta indústria 4.0 no Brasil” (íntegra aqui) e o texto começa assim:
A Bosch, uma das pioneiras no desenvolvimento da Indústria 4.0, tem uma nova visão da tendência adaptada ao mercado brasileiro. A falta de maturidade dos parques industriais no país fez a empresa desenvolver um trabalho de desmistificação do conceito e criar uma solução focada no que é visto como essencial: os dados.
É isso, eu concordo.
Como tenho colocado em outros artigos sobre Indústria 4.0, não é que não tenhamos como Digitalizar o Chão de Fábrica, porém tudo que tem na Indústria 4.0 é muito pra ser aplicado nas indústrias brasileiras sem uma análise criteriosa, pelo menos nas que eu conheço e pelo menos por enquanto.
Outro aspecto que tenho colocado como fundamental (e nesse caso é fundamento, uma base mesmo) são os dados, sem dados consistentes esquece, nada feito. Como diz o texto acima: solução focada no essencial, os dados.
Veja o que diz Fábio Fernandes, especialista em indústria 4.0 da Bosch:
“Nós concordamos com a ideia completa da Indústria 4.0, tanto que a Bosch é a primeira signatária do documento de recomendações iniciais sobre o tema, mas essa visão mais holística, com robôs e realidade aumentada, não é o que pode ser feito no Brasil nesse momento”
Eu também concordo com a “ideia completa da Industria 4.0” (em teoria), mas na prática blá, blá, blá… (você já leu a frase do início, não vou ficar insistindo).
E Fábio Fernandes faz uma outra afirmação:
“Desenvolvemos uma solução dedicada ao mercado brasileiro, que permite coletar dados e dar transparência ao chão de fábrica sem necessariamente investir em altas tecnologias, com relativo baixo custo”
Bingo, é isso aí.
Esse é o ponto do artigo que eu mais gostei, concordo 100% com o Fernandes e com a Bosch, essa frase eu poderia dizer que é como definir o Kite MES em poucas palavras (com uma adaptação): “uma solução dedicada ao mercado brasileiro, que permite coletar dados e dar transparência ao chão de fábrica com baixo custo”. É exatamente isso que fizemos e fazemos há mais de 10 anos. Temos uma solução conectada ao mundo real brasileiro e de baixo custo.
Sugiro fortemente que você leia o artigo completo, mas para finalizar quero dizer que o baixo custo da Bosch é muito alto para o Kite MES. Nossos projetos ficam muito mais baratos que R$ 300 mil. Acha que eu estou exagerando, entre em contato, clique aqui.