last

Last but not Least é uma frase da obra Julius Caesar de Shakespeare que significa “o último, mas nem por isso o menos importante”.

Porém, no caso do chão de fábrica e em uma grande quantidade de indústrias as decisões, inclusive e principalmente, relativas a produção não são de responsabilidade de quem depois terá que implementá-las, ou seja, a equipe de gestão da produção e os próprios operadores.

Isso explica, por exemplo, o uso intenso de planilhas Excel ao invés de ferramentas exclusivas para a gestão. Ou ainda, o uso dos computadores “que sobram”. Uma coisa puxa a outra.

“Afinal só usam planilhas mesmo, porque precisam de um computador melhor?”

Por que isso é assim? E por que acontece em tantas empresas se, afinal de contas, a indústria existe para produzir, o restante é suporte a essa tarefa?

Depois de trabalhar com vários tipos de indústrias ao longo dos últimos 30 anos tenho alguns pontos para análise:

  • O pessoal da produção tem sempre muita coisa pra fazer e não se dedica tanto aos assuntos da “política” interna da empresa.
  • O pessoal da produção não gosta de reunião, onde são decididos os investimentos e prioridades (inclusive para a produção). Vai pra reunião com rádio comunicador, já viu isso alguma vez?
  • O pessoal da produção está sempre procurando encontrar soluções de baixo custo que resolvam o problema. Excel é de baixo custo e resolve o problema. (Bom, não resolve, mas se a própria equipe está dizendo isso, quem sou eu?!!)
  • O pessoal da produção está acostumado a uma dinâmica do dia a dia, não tem tempo para parar e analisar o problema de forma mais abrangente.

Bom, eu podia citar mais alguns pontos, mas acho que já dá para ver que o Chão de Fábrica sempre fica por último nas decisões da empresa, porque ele se posiciona por último. Não dá muito valor e atenção a gestão da planta, é muito focado no trabalho que precisa ser feito.

Essa atitude é fundamental e importantíssima para a empresa, mas por causa disso, setores como financeiro, jurídico, TI, RH, compras, etc. acabam decidindo pela produção. E isso faz com que acabe tendo que aceitar o que foi decidido sem que seja a melhor escolha.

Nos nossos clientes; por razões óbvias, afinal utilizam a solução Kite MES; os gestores e a equipe de produção compreenderam que seria importante ter argumentos e principalmente dados (e essa é a função do Kite MES) para argumentar e persuadir os outros gestores da empresa.

Ou seja, no fim das contas, tudo se resume a uma guerra política, no bom sentido, claro.