A Liga da Justiça!?

Não. Não são eles os profissionais Lean Seis Sigma.

Mas os super-heróis de que vamos falar hoje neste artigo possuem o mesmo propósito: a sustentabilidade. Tanto no caso da Liga da Justiça; e no caso do LSS na empresa.

Ambos resolvem os problemas atacando a causa raiz de forma que eles nunca mais retornem.

Ambos previnem-se contra perdas e danos elevados colocando em prática estratégias para maior controle e efetividade de seus negócios.

Só que nos desenhos, eles já nasceram prontos. Na vida real, não é assim tão simples.

“Santa dificuldade, Batman!!”

Para iniciar a implantação de um programa de melhoria contínua na sua organização, o primeiro estágio é capacitar os colaboradores de modo que se tornem aptos a gerenciar e executar estes projetos. Para isso, a alta-direção da empresa deve analisar a demanda das áreas que mais precisam de capacitação, e de acordo com os níveis (faixas) de necessidade programar o processo de certificação com alguma empresa especializada na área de Treinamento e Desenvolvimento em Lean Seis Sigma.

Abaixo uma descrição dos níveis dos profissionais em conjunto com as funções que exercem no programa:

Master Black Belt (MBB): A essencial tarefa deles é identificar quais os projetos que trarão maior retorno de acordo com os próprios interesses da companhia. Estes são os especialistas tops do programa que trabalham de modo full-time (tempo total). São habilitados para direcionar a estratégia dos projetos de melhoria na organização, orientando os Black e os Green Belts na condução dos projetos buscando obter deles os melhores resultados.

Black Belt (BB): Enquanto que os MBB elaboram as diretrizes para os projetos de melhoria, os BB são responsáveis por assegurar o desenvolvimento e monitorar os resultados de cada projeto junto aos Green Belts. Também são dedicados de maneira full-time ao programa guiando os GB quando necessário em questões técnicas – ferramentas estatísticas em geral – e de comunicação.

Green Belt (GB): Estes especialistas são treinados para liderar e desenvolver os projetos de implementação e manutenção de melhorias em suas respectivas áreas de trabalho. Via de regra são administradores e engenheiros que exercem funções de análise, coordenação e supervisão da companhia. Ambos são dedicados a trabalharem part-time (meio período) em projetos de melhoria dirigidos pelos seus superiores no programa, os Black e MB Belts.

Yellow Belt (YB): Este nível representa os líderes técnicos da empresa, como os de produção e manutenção, por exemplo. Estes técnicos são estimulados inclusive a liderar pequenos projetos de melhoria de curta duração em seus setores, apoiados pela razoável qualificação técnica estatística e cultural que tiveram em suas formações.

White Belt (WB): Assim como os YB, estes profissionais representam os que botam a mão na massa, mas desta vez, como operários e mantenedores em geral. A finalidade aqui é agregar a cultura e os valores do LSS no chão de fábrica, onde as coisas acontecem. Não à toa, eles são orientados a executar suas atividades buscando sempre vincular suas decisões a fatos e dados, um dos principais fundamentos do programa.

É válido ressaltar que estes especialistas não trabalham de maneira isolada, mas sim em grupos estrategicamente selecionados. Reuniões e entregas de resultados periódicos são exigências para que estes gestores – MBB, BB e GBs – tenham maior controle sobre os projetos.

Contudo, estes profissionais não são os únicos envolvidos. O Sponsor e o Champion são outros integrantes primordiais para o desenvolvimento do programa. Enquanto o Sponsor é representado pelos executivos e diretores da companhia e tidos como os patrocinadores do LSS, o Champion é geralmente representado como o gerente da área de melhoria.

A função do Sponsor é além de bancar os projetos dirigir as premissas e diretrizes para a sustentação e assertividade do programa. Já o Champion é tido como um facilitador dos projetos executados pelos BB e GBs na sua área, usando sua autoridade para quebrar ou mitigar as barreiras que surgirem no caminho.

No Brasil, apesar de se popularizar mais tarde que em países como EUA e na Europa Ocidental, a oferta de capacitação e treinamento em LSS por empresas consultoras e/ou especialistas na área já é alta, e não é difícil encontrar instituições ou empresas privadas de qualidade que possam habilitar a sua equipe.

Até a próxima semana!

Abraços,

Vinícius Silva (br.linkedin.com/in/engviniciussilva)