Recentemente, temos notado um aumento na procura de tecnologias como MES por parte das indústrias automotivas – algumas das maiores montadoras de caminhões e de veículos de passeio têm participado dos nossos eventos de apresentação. Além disso, o Kite MES é um dos poucos sistemas – se não o único – capaz de atender as complexidades e demandas por tecnologia que as indústrias automotivas apresentam.
Dada sua importância para o país, e também para a Kite, vamos iniciar hoje um especial de posts falando sobre a indústria automotiva brasileira e o quanto estamos focados em contribuir com sua evolução através de tecnologia MES para gestão de execução de manufatura de veículos e autopeças.
Como todo bom mineiro, e como já é costume aqui no blog, nós iniciaremos a série contando uma história:
O primeiro veículo motorizado chegou ao Brasil em 1891, foi trazido pelo pai da aviação – Santos Dumont, um mineiro – e foi um dos únicos automóveis do país durante um longo período. Até meados da primeira década do século XX, o país possuía menos de 100 automóveis registrados.
Em 1919, Henry Ford enxergou a oportunidade e trouxe uma filial de sua empresa para o Brasil, sendo a primeira marca de veículos a estabelecer-se no país. Seis anos depois, o mercado automotivo brasileiro foi impulsionado, também, com a vinda da GM. Ambas as empresas apenas importavam modelos ou peças para montagem e comercialização.
Entre os anos 1920 e 1940, o mercado cresceu fortemente e o Brasil chegou ao número de 45.000 veículos de passeio e 22.000 caminhões. Porém, com a Segunda Guerra Mundial, esse crescimento é desacelerado e o país obrigado a parar de importar carros e peças por um período. É válido lembrar que o pós-guerra teve um papel importantíssimo na história da indústria mundial, pois deu origem à uma série de tendências e tecnologias que contribuem para as indústrias de todos os setores nos dias de hoje, como lean, kanban, kaizen, entre outras que nasceram na indústria automotiva.
Até 1953, os veículos eram apenas montados no Brasil, até que na cidade de Santa Bárbara D’Oeste foi instalada a primeira fábrica automotiva brasileira para produção da Romi-Isetta, um misto de carro e moto . Em meados dos anos 50, durante o mandado de Juscelino Kubitschek (outro mineiro), a indústria brasileira foi impulsionada com a criação do GEIA (Grupo Executivo da Indústria Brasileira). De 1956 à 1979, foram estabelecidas as fábricas das principais marcas de carro da atualidade: Volkswagen (1956), GM e Ford (1968) e Fiat (1976). No final dos anos 60, o Brasil já contava com mais de 60.000 veículos produzidos e o estado de São Paulo tornou-se o maior parque industrial da América Latina, contribuindo para a economia de todo o país. Nos anos 90, o crescimento da importação de modelos estrangeiros incentivou a vinda de outros fabricantes, como Peugeot, Renault e Citroen.
A indústria automotiva brasileira é responsável pela produção de 5% do número total de veículos do mundo, ocupa a 6ª posição no ranking de produção mundial e possui instaladas as principais montadoras globais. No país, a indústria automotiva é responsável por 21% do PIB industrial e 5% do PIB total, gerando milhões de empregos e contribuindo direta e indiretamente para mais de 200.000 empresas. Apesar de várias tentativas com a Miura, Gurgel e Puma, hoje o Brasil não possui nenhuma montadora genuinamente nacional.
Após contar um pouco sobre a história e a importância da indústria automotiva brasileira, daremos sequência à série de posts falando sobre a indústria automotiva brasileira na atualidade – apresentando dados reais do setor. Abordaremos também sobre toda a cadeia de fornecimento envolvida e sobre as principais tendências e tecnologias puxadas pelas indústrias automotivas.
Continuem acompanhando o nosso blog e interaja conosco através da área de comentários. Até o próximo post!
Fontes de dados e informações:
http://www.saopaulo.sp.gov.br/
http://www.anfavea.com.br/
http://www.wikipedia.com/
[…] Caso não ainda não tenha lido os outros posts da série, acesse-os aqui: Post 1 A história da indústria automotiva no Brasil e Post 2 Fatos e dados da indústria automotiva brasileira na […]