O homem desenvolveu nos últimos 500 anos tecnologias que permitiram uma vida muito melhor, sendo que os últimos 200 anos – após a Revolução Industrial – a qualidade de vida aumentou muito rápido, porém isso tem um preço…
A indústria, de forma geral, é base da qualidade de vida que existe hoje no mundo. Desde a indústria farmacêutica, passando pela indústria de bens de consumo duráveis (geladeira, máquina de lavar, etc) e pela indústria automobilística e petroquímica, até a indústria do entretenimento Mesmo a agricultura se beneficiou dos avanços tecnológicos promovidos pelas indústrias de equipamentos agrícolas. Mas o preço que estamos pagando e teremos que pagar é alto.
Não dá para voltarmos para trás, ninguém vai querer viver como se vivia na idade média, ou mesmo durante a revolução industrial. Mesmo os radicais que defendem uma “volta ao passado” sabem que isso é impossível e que mesmo eles usufruem de produtos industrializados como telefones celulares, computadores, aviões, carros como todos que tem essa possibilidade fazem.
Mas temos somente um planeta e os recursos são limitados, o tempo da exploração (essa palavra é bem apropriada) dos recursos naturais acabou. Não dá para produzir como se os recursos fossem infinitos. Os consumidores, em breve em grande número, irão questionar se vale a pena comprar, seja lá o que for. Então temos um cenário de matéria prima mais escassa e portanto mais cara e um mercado de consumo que, no mínimo, irá avaliar com mais cautela sobre os produtos que irão comprar.
Um cenário ideal seria então: “Fabricar o estritamente necessário – que realmente o consumidor irá comprar porque concluiu que precisa – e disponibilizar esse produto imediatamente, assim que o consumidor desejar.” Cenário ideal mas, como tudo que é ideal, impossível de ser atingido. Porém podemos tratar como uma meta, um ideal, uma utopia a ser perseguida.
Uma das coisas que podem ajudar nesse caminho é a gestão total da produção, o que significa produzir com a máxima eficiência, no tempo mais curto para aproveitar ao máximo a energia elétrica, os recursos humanos e com o mínimo possível de perdas, refugos, etc. E também com a máxima qualidade. Significa dizer que o foco não é tratar os rejeitos sólidos ou líquidos, o objetivo é não ter resíduos, ou quase nada, e produzir o que é vendável.
Para isso é fundamental a gestão pró-ativa da produção, ter profissionais preparados com informações claras e consistentes sobre tudo que está acontecendo na produção a cada segundo. Os gestores da produção vão se parecer muito com pilotos de avião, muitas informações do processo e tomadas de decisão a todo tempo. Assim como num voo, os gestores da produção deverão estar preparados para manter tudo sobre controle, todo o tempo em que a produção estiver em funcionamento, e nos dois casos ter a informação com precisão e em tempo real é a base para que isso aconteça.