Planilha Controle de Produção

Um caso comum: Uma empresa, ou até mesmo uma área dentro de uma empresa, tem relativamente pouco tempo de vida e um pequeno volume de dados para gerenciar. De início, essa planilha atende o que o negócio precisa, e com o passar do tempo ela vai crescendo, recebendo novas funções, novas fórmulas, novas abas, até que uma hora é preciso criar uma segunda planilha, depois uma terceira e assim por diante. Chega um determinado momento em qualquer negócio que a planilha deixa de atender as necessidades e complexidades do dia-a-dia.


Quando o negócio começa a ficar muito complexo, o volume de dados aumenta, assim como as pessoas que precisam acessar a informação, surge um super-herói: o especialista em planilhas! Esse sujeito, que a princípio parece ser o salvador da pátria – domina o Excel de forma avançada, faz qualquer fórmula, consolida dados, gera relatórios etc. – pode colocar as empresas em maus lençóis, pois o que acontece se ele é desligado da empresa? Quem vai dar manutenção à bendita planilha que se tornou o sistema de gestão da empresa? Pior, e se esse sujeito tem uma dor de barriga com a empresa e resolve dar um sumiço na planilha? Qual o nível de proteção que uma planilha oferece? São muitas as dúvidas e riscos, mas existe uma pergunta que não quer calar: vale a pena confiar toda a inteligência do negócio em uma planilha dominada por uma pessoa?

Enfim, toda empresa que atinge uma determinada maturidade e se depara com o dilema: continuar com a planilha ou contratar um sistema. Quando a empresa é grande, uma corporação, é muito possível que a administração da empresa já esteja gerido por um ERP (uma brincadeira, em alguns lugares a sigla significa Excel Resource Planning), mas a quantidade de áreas e departamentos que trabalham com planilhas é enorme. Neste caso, surge outro grande problema: a falta de integração das informações. Uma informação fica detida em um departamento e para em seu gestor, não é compartilhada com as demais áreas e impede que a informação esteja integrada e disponível.

Se falarmos em indústrias brasileiras, afirmamos com segurança que a grande maioria utiliza planilha para controle da produção. Neste caso, não estamos falando apenas das pequenas indústrias, mas existem corporações mundialmente famosas que fazem a gestão da execução da sua produção, que é a principal atividade da empresa, de forma manual. Muitas dessas empresas possuem o sistema ERP funcionando e outros sistemas que chegam até o planejamento da produção, mas quando chega à execução, a tecnologia não abrange e deixa essa atividade tão importante da indústria desintegrada das demais.

É possível obter índices de OEE de uma indústria através de planilha de controle da produção? Possível, é – desde que a planilha tenha sido desenvolvida pelo especialista de planilhas – mas a indústria vive com os questionamentos que levantamos acima. Se a indústria deseja eliminar o trabalho manual e o risco de falhas humanas na coleta de dados; precisa de informação exibida em tempo real; das informações de produção alimentando outras áreas da empresa, como compras, vendas, pcp, manutenção, gestão; de informações armazenadas para analisar no longo prazo – o que ela precisa é de um sistema MES.

O sistema MES, além de substituir as planilhas vulneráveis e desintegradas que armazenam as informações da produção, elimina as antiquadas fichas utilizadas para fazer a coleta de dados de forma manual. Essa mudança, além de aumentar a confiabilidade e velocidade da informação, impacta em aumento de eficiência para todo o fluxo produtivo.

Respondendo a pergunta do assunto deste post: Se a empresa ou indústria está em fase inicial e possui um volume de informações pequenas para gerenciar, a planilha pode ser uma alternativa de baixo custo para viabilizar o período de startup. Mas, indústrias que atingiram certa maturidade, já investiram em outros sistemas e buscam eficiência para manterem-se competitivas e em crescimento, o MES é a resposta.