A importância da indústria automotiva na economia mundial, e também como referência para outras indústrias, é incontestável: ela serviu de base para linhas de produção em escala nos anos 20 (Henry Ford), e posteriormente para evolução dos processos industriais no pós-guerra (Toyota). Com essa evolução, nasceram conceitos como OEE, Lean Manufacturing, Kanban, entre outros, que foram amadurecidos ao longo do tempo e são aplicados em indústrias de diferentes segmentos nos dias de hoje.
O fato de operar no limite da capacidade, dadas as demandas por volume, qualidade, prazos, faz com que a indústria automobilística puxe tendências em metodologias e tecnologias que agilizam processos de produção e melhoram a gestão empresarial. Apesar dessa necessidade extrema por tecnologias de ponta e aumento de produtividade, existe uma tecnologia ainda pouco difundida no setor que contribui diretamente no alcance desses objetivos, que é o MES (Manufacturing Execution System – no Brasil, Sistema de Execução da Produção).
Para entender o que um MES pode fazer por uma indústria, basta olhar para o principal método utilizado no automobilismo para atingir a perfeição. Desde os anos 80, as equipes de Fórmula 1 monitoram o desempenho do piloto e da máquina, através de tecnologias que coletam informações durante as provas e testes. Com base nessas informações, os engenheiros fornecem as orientações para o piloto quanto à frenagem, retomada em curvas, troca de marchas, e ainda determinam quais as devidas manutenções e modificações a serem feitas no carro – tudo visando obter o maior desempenho possível.
As indústrias automotivas estão constantemente em busca dos maiores níveis de produtividade, redução de paradas, tudo para manterem-se competitivas e atenderem a demanda do mercado. São realizados investimentos pesados em tecnologias de produção (robótica) e também em sistemas de gestão empresarial (ERP), porém o controle da produção, que é o coração da indústria automobilística, é feito de forma manual e irregular. Na maioria dos casos, as informações da produção são anotadas com papel e caneta, ou em uma planilha, e posteriormente lançadas no sistema de gestão, o que impossibilita obter informações em tempo real para tomada de decisão imediata.
Quando as informações do chão de fábrica ficam detidas apenas na gestão da produção, existe um desperdício de informações estratégicas para a corporação. A integração do MES com os demais sistemas da empresa permite que essa informação alcance as demais áreas da empresa, influenciando até mesmo no Balanced Scorecard e no planejamento estratégico. As informações geradas pela tecnologia podem ainda contemplar outras áreas, como Manutenção Industrial, Qualidade, Logística e PCP.
Seja para as montadoras, e até mesmo para todos os fornecedores que compõe a indústria, um MES pode trazer uma série de vantagens, que envolvem o monitoramento em tempo real das máquinas e operadores e o controle do tempo de parada e manutenção das máquinas, que resultam em maior qualidade no produto final, redução de desperdícios, aumento na produtividade (níveis de OEE) e maior agilidade no atendimento aos pedidos.
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