i40kite01

Você já ouviu falar da “Indústria 4.0” ou “Smart Manufacturing“? Talvez não. É um conceito novo e simples que prega que estamos vivendo a quarta revolução industrial. A primeira revolução industrial ocorreu no século XVIII na Inglaterra, ancorada na utilização da máquina a vapor aplicada na produção industrial. A segunda, foi quando Henry Ford introduz o conceito de produção seriada e permite a produção em massa, reduzindo prazos e custos de produção. A terceira revolução se dá no início dos anos 70 com a introdução da automação industrial, sensores e PLCs invadem a linha de produção e vários processos repetitivos são automatizados incluindo o uso de robôs na produção.

Consideram, que nessa segunda década do século XXI, entramos na quarta revolução industrial, quando a Tecnologia da Informação permitirá a total integração da produção industrial com a gestão da empresa e será responsável por um grande salto de produtividade.

A meu ver, como sempre, existem constatações interessantes e exageros, vamos ver…

Um dos temas que mais se relacionam a “Indústria 4.0” é a “Internet das Coisas” ou IoT (Internet of Things) que preconiza a internet estará em todas as coisas, de lâmpadas a uma máquina. Não vou me aprofundar no conceito aqui porque existem muitos artigos a respeito na internet sobre o assunto. Porém, o importante nesse caso é que as máquinas terão conexão via rede sem fio com o sistema corporativo da empresa e isso permitirá o monitoramento e o controle da produção pela internet.

Outro elemento é o uso de impressoras 3D e de softwares de modelagem 3D que facilitam e agilizam a prototipação dos produtos, fazendo protótipos com um custo menor e muito mais rápido. Nesse caso, o projeto de novos produtos seria (ou já é?) muito mais simples e barato.

Tudo isso junto faz muitas pessoas exagerarem nas previsões para a indústria do futuro. Defendem, por exemplo, que no futuro próximo, a produção industrial além de estar interligada com todas as outras áreas de empresa também estarão ligadas a tudo que a rodeia. Dessa forma, alterações no mercado, por exemplo aumento ou diminuição de consumo de um produto irá alterar a produção. Ou ainda, mudanças climáticas que possam afetar a produção de alguma matéria prima irá alterar, automaticamente, o planejamento da produção. Muito interessante, mas vamos deixar isso para o futuro.

O importante é avaliar o quanto essa revolução (eu prefiro evolução) irá alterar (ou já está alterando) a forma como produzimos.

Considerando que ainda teremos seres humanos como gestores da produção por um bom tempo (essa é a minha aposta), o fato de ter informação da produção e em tempo real, que permita a tomada de decisão no calor dos acontecimentos é um benefício real e permite um ganho de produtividade impossível de alcançar de outra forma.

Ok, legal, mas não é exatamente disso que tenho tratado nos artigos sobre gestão da produção? O que tem de novo?

Tem que isso está se tornando um movimento mundial e a última edição da feira de Hannover, em abril deste ano, foi dedicada a “Indústria 4.0”.

Será mais uma moda passageira? Seria mesmo uma revolução?

Se considerarmos uma gestão da produção totalmente integrada e automática, acredito que de fato estamos falando de algo que não será atingido tão rápido.

Porém, se levarmos em consideração o que já pode ser feito hoje no dia a dia do chão de fábrica, bom aí estamos falando de algo que realmente irá impactar a indústria no mundo.

No próximo artigo quero colocar a “Indústria 4.0” na Prática, no mundo real de hoje e mostrar como a solução Kite MES tem realizado muito do que se preconiza para a indústria do futuro. Até lá.