Em dois outros momentos falei sobre o crescimento do PIB e a relação com a produtividade industrial e nesse artigo esse contínua sendo o foco. Publiquei um artigo em 08 de janeiro de 2013 (caso queira ler clique aqui) com o título O “Pibinho” e a Gestão da Produção. O outro artigo foi “Aumento da Produtividade, porque é tão difícil?” (para ler clique aqui) no dia 7 de janeiro de 2014.
Dessa vez não será preciso esperar o ano terminar, o PIB desse ano será zero, ou alguma coisa diferente para economistas, mas que para nós podemos chamar de zero mesmo. Resumindo estamos do mesmo tamanho que estávamos no ano passado, no caso do setor industrial diminuímos.
Mas parece que tem uma boa notícia escondida aí, vamos analisar melhor…
Calma, não quero dizer que as coisas vão melhorar, ou melhor, quero dizer mas não acredito que vão. O que me parece é que o impacto maior foi absorvido, as indústrias encolheram e reduziram o que podiam. Talvez ainda tenhamos algum desemprego na área industrial mas não acredito que será muito. As indústrias que visito já retomaram alguns investimentos.
Isso significa que, aparentemente, o pior já passou e a tendência é a indústria não cair mais, mas também não subir mais, ou seria possível crescer?
A resposta é sim. A chave é aumentar a produtividade, eu sei você vai dizer que já falei disso, mas esse é o caminho. Não dá para fazer investimentos, certo? A saída, se quiser crescer, enquanto não dá para investir em pessoal e equipamentos é aumentar a produtividade, fazer mais com os recursos disponíveis.
Falar é mais fácil que fazer. Então como fazer?
Tenho mencionando em vários artigos a necessidade de ter informação em tempo real sobre a produção, considero isso a base para a gestão da produção, informação precisa e em tempo real para todos.
Alguns leitores me perguntam a respeito de controlar a produção com base em indicadores próprios. Sou contra.
Vamos lá, se queremos realmente aumentar a produtividade não será com indicadores que em tese podemos alterar. Não adianta utilizar um termômetro com uma escala exclusiva. Se está com febre o importante é tratar a infecção e não alterar a escala do termômetro.
O índice OEE tem vários problemas (é por exemplo complexo), mas é um índice conhecido e validado em várias indústrias do mundo e, se for avaliado em tempo real, indica problemas que estão ocorrendo (como paradas, que são os maiores problemas) na produção e que podem ser corrigidos antes de causar sérios problemas.
Essa é uma grande oportunidade para as indústrias, porém nem todas sobreviverão. Ao que tudo indica, independente do que ocorra no resultado da eleição deste ano, 2015 vai ser um ano difícil. Aumentar a eficiência e em última análise a produtividade é o único caminho.
Tomara que você concorde comigo.