Qualidade

Nas últimas semanas temos assistido (ou até participado) de manifestações na rua, que no primeiro momento foram reprimidas e depois abraçadas, sendo as duas coisas surpreendentes pela rapidez. Muitos analistas dizem que não há foco nas solicitações, são muitas pautas ao mesmo tempo. Será? Para mim pode-se resumir as revindicações em uma palavra qualidade, em todos os campos, em todas as áreas, 20 centavos não seria muito se o serviço de ônibus urbano fosse de qualidade o que nunca vi em nenhum momento no Brasil. Mas como isso se reflete na revindicação por produtos de melhor qualidade?

No dia 28/05/2013 o economista Cláudio de Moura Castro publicou um artigo na revista Veja com o título “O outro custo Brasil” onde ele trata em linhas gerais da má qualidade dos produtos fabricados no Brasil. Concordo com algumas partes, descordo de outras mas em linha geral acho que ele tem razão.

A pergunta agora é “e o que vem por aí?”. As pessoas, ao que tudo indica, estão começando a ver que protestar para ter produtos e serviços melhores pode ter efeito. Por enquanto o foco são os produtos e os serviços públicos mas e quando as pessoas quiserem e se acostumarem a produtos de maior qualidade e a indústria não puder oferecer? Talvez comprem produtos nacionais de qualidade inferior e mais caros como é dito no artigo do Cláudio ou talvez não comprem nada, desistam, aguardem até algum conhecido fazer uma viagem ao exterior (aliás, já não é isso que está acontecendo?).

Vivemos, mais uma vez, uma época de pactos e gostaria de propor um pacto para os gestores de produção brasileiros: Produzir com Qualidade.

Reduzir custo é importante mas é fundamental garantir a qualidade do que se produz e não existe melhor forma de reduzir custo do que aumentar o volume de produção.

Espero estar contribuindo, com uma ínfima parcela, para que possamos melhorar a qualidade do produto brasileiro.