Uma situação comum: reunião quinzenal, o board inteiro em volta da mesa e cada diretor / gerente / responsável apresenta os resultados da sua área, mas um deles está calado, suando frio, torcendo para que não chegue sua vez: o gerente de produção.
Acontece em grande parte dos casos, mas não por incompetência do profissional, e sim pela falta de indicadores de desempenho que forneçam números reais e confiáveis para serem apresentados em reuniões de tomadas de decisão. É a ausência desses números, ou a falta de confiança nos existentes, que fazem um gerente de produção gaguejar e muitas vezes não se sair bem quando indagado sobre uma questão da sua área.
Quais são as formas de medir o desempenho da produção – tecnicamente falando, como medir OEE – que colocam o gerente de produção em maus lençóis?
A planilha que tudo sabe
Uma forma comum e perigosa é desenvolver um ‘sistema’ dentro do Excel. Perigosa por dois motivos: para a equipe, pois o risco de perda de informações é altíssimo, e o que é extraído não é tão confiável; para a companhia, pois todo o know-how fica detido em um profissional (o que desenvolveu a planilha), e ele pode sair da empresa a qualquer momento.
Fatalmente, todo negócio em seu início gerencia as operações em planilhas, mas quando a indústria cresce e passa a atender clientes maiores, volumes de produção mais parrudos, e precisam tornar-se mais eficiente, as planilhas deixam de atender. Mesmo quando bem desenvolvida, a planilha não possui integração com os demais sistemas da empresa, ou seja, a informação fica detida na produção ou é necessário fazer o que contaremos abaixo.
Produção automática, informação manual
A indústria possui máquinas e robôs de última geração, praticamente todos os processos são automatizados, mas existe um fulano (ou alguns fulanos) no meio do chão de fábrica com a função de anotar tudo o que está acontecendo na produção – paradas de máquinas, tempo de manutenção, desempenho de operadores etc.
As informações coletadas não são muito confiáveis, pois pode ocorrer qualquer interrupção que não permitiu exatidão na hora de coletar, ou até mesmo uma falha humana cometida pelo profissional. Estejam elas anotadas em uma planilha ou no papel, a hora de lançá-las no sistema de gestão da empresa aumenta ainda mais os riscos de divergências nas informações, além do tempo que toda essa tarefa demanda.
As informações, confiáveis ou não, podem até estar no sistema de gestão, mas depois de quanto tempo elas poderão ser consultadas? E se acontece algo no chão de fábrica que demanda uma decisão imediata, com que dados o decisor vai basear-se?
Ok, sabemos as maneiras mais comuns e precárias. E agora, qual a maneira mais indicada de medir níveis de OEE e o desempenho da produção?
MES – Sistema de execução da produção
O sistema MES elimina a necessidade de planilhas paralelas e profissionais descontentes com a missão de anotar o que acontece na fábrica. Ele estende o benefício do ERP da corporação para o chão de fábrica, implanta coletores em pontos relevantes da produção e passa a gerar indicadores de desempenho que permitem a visualização da informação em tempo real.
No longo prazo, é informação estratégica na mão do gerente de produção e nos demais gestores da companhia. As informações estão asseguradas pela TI e integradas com os demais sistemas da empresa, gerando inteligência de negócio e eficiência para a organização.
MES implantado é o fim do frio na barriga do gestor de produção na hora da reunião quinzenal de board.
Monitoramento e Análise de OEE
Nesse vídeo você pode ver um exemplo de monitoramento e análise de OEE na produção.
Gestão a Vista
Nesse vídeo como realizar a gestão a vista em tempo real e como a cadeia de ajuda pode ser acionada também em tempo real.